A maioria esmagadora das revistas destinadas à mulher faz uma verdadeira apologia à magreza inacessível para a maior parte da população. Além do mais, nem sempre o peso nominal da balança significa ser magro ou magra. Induzida pela propaganda, geralmente enganosa, muita gente adquire e faz uso de produtos suspeitos carreados por um Marketing bem produzido colocando em risco a própria saúde. Qualquer dieta radical pode levar a uma perda de peso exagerada com perda também de massa magra, o que, decididamente levando-se em conta a saúde não é bom. Portanto, ser exageradamente magro (a) pode ser tão ruim para a saúde quanto ser obeso (a).
Uma boa parcela das pessoas vive preocupada com peso ideal determinado em tabelas diversas. Esse peso ideal cada um sabe qual é. Geralmente é o que a pessoa se sente bem independente se está ou não de acordo com a "suposta" moda. Muitas vezes estar um pouco mais gordinho (a), fisicamente ativo e sem problemas de saúde é melhor do que certas "neuras" estéticas. O bom, para quem está com excesso de peso ou fora de forma, é fazer uma reeducação alimentar acompanhada pela prática de exercício físico, seja ele qual for, de acordo com a preferência pessoal para se tornar um hábito salutar sempre, orientados por profissionais de nutrição e educação física.
Com o advento da Internet, atualmente acessível a qualquer pessoa, não tem informação quem não quer. Pode-se por exemplo acessar o site https://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home e saber que o Magri Diet teve a sua campanha publicitária suspensa por prometer emagrecimento a qualquer pessoa e uso inadequado da expressão "melhor e mais potente emagrecedor do Brasil". Emagrecedor pertence à categoria dos medicamentos e deve ser registrado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que não é o caso do referido. Como tem gente que gosta de ser enganado!!!
A preocupação com a beleza passa também pelos cabelos. O alisamento, muito em voga hoje em dia, pode ser feito obedecendo a critérios de saúde. É bom certificar se o profissional está usando procedimentos corretos e produtos registrados na Anvisa/Ministério da Saúde, como determina a Lei 6.360/76. Para mais detalhes Consulte: https://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/index.htm Vários salões de beleza na zona sul do Rio de Janeiro foram autuados usando produtos caseiros misturando formol, queratina e cremes. Use a cabeça... para pensar. Os espertos estão em toda parte com frases prontas. É "milagroso"!
Responda rápido: o que te motiva a emagrecer são as preocupações com a estética ou com sua saúde?
Embora ninguém discorde de que saúde é fundamental, a maior parte das pessoas preocupa-se mais com a beleza do que com o bem-estar de seu organismo.
Esta é uma escolha que parece natural em um contexto onde a estética é vendida como item fundamental para o alcance da felicidade. Entretanto, enquanto a beleza garante uma satisfação etérea, o investimento na saúde é certeza de uma vida longa e de qualidade.
Os meios de comunicação divulgam, com freqüência, histórias de pessoas que transformaram a aparência de maneira radical. Atualmente há programas de TV em que os participantes enfrentam todos os tipos de cirurgias plásticas com o objetivo de ostentar uma aparência totalmente diferente da que antes possuíam.
No campo do emagrecimento não é diferente: paga-se qualquer preço para perder os quilos desejados, ainda que este preço seja a própria saúde.
Em todas estas situações, uma característica é comum: o desejo de obter resultados sem fazer grande esforço. Poucos são aqueles que parecem estar dispostos a construir gradualmente a melhoria estética que desejam.
Entretanto, mudanças repentinas na aparência, nem sempre correspondem a mudanças na vida interior do indivíduo. Não é incomum perceber que algumas pessoas, mesmo após investirem em transformações radicais, continuam sentindo-se insatisfeitas, ansiosas ou entristecidas. Isto mostra que a mudança na aparência não é garantia de felicidade.
A proposta é justamente a de que o processo de mudança venha acompanhado pelo bem-estar físico e mental. O objetivo é que a cada dia o indivíduo construa um corpo e uma mente melhor. Assim, quando o emagrecimento chegar, teremos alguém capaz de ostentar uma satisfação interior, que se refletirá na maneira como esta pessoa se comporta e se apresenta ao mundo.
Finalmente, cabe dizer que saúde e beleza podem e devem conviver em harmonia. Buscar o emagrecimento de maneira consciente e respeitando os limites do próprio organismo possibilita que a transformação ocorra de maneira equilibrada, gerando não apenas beleza, mas também bem-estar e satisfação interior.
O que é mais eficaz para emagrecer: dieta ou exercícios?
A redução da ingestão de calorias, por meio da modificação de hábitos alimentares, tem se mostrado mais eficiente para a perda de peso do que a atividade física realizada de forma isolada. Entretanto, o gasto energético obtido às custas de exercícios tem sido considerado muito importante para o controle do peso, sendo muito importante a associação de dieta e exercícios para a obtenção de melhores resultados.
A matemática do emagrecimento – O emagrecimento ocorre quando gastamos mais calorias do que consumimos. Por outro lado, se comemos mais calorias do que o nosso corpo consome para exercer as suas funções, este excesso será armazenado sob a forma de gordura, e vamos engordar.
Veja um exemplo matemático: 3.500 calorias equivalem a cerca de 450g de gordura. Desta forma, para perder 450g, precisamos queimar 3.500 calorias a mais do que consumimos sob a forma de alimentos.
Na prática, se reduzirmos 500 calorias por dia da nossa dieta, diariamente, seguindo as orientações de um nutricionista, deveremos perder cerca de 450 gramas por semana (500kcal x 7 dias = 3.500kcal).
Exercícios são importantes para não voltar a engordar – Além de aumentar o consumo de calorias e, consequentemente, ser um aliado fundamental para a perda de peso, os exercícios também agregam benefícios à sua saúde, tais como: redução da pressão arterial, melhora do humor e fortalecimento do sistema cardiovascular.
Estudos mostram que as pessoas que emagrecem e conseguem sustentar o emagrecimento são aquelas adeptas de atividade física de forma regular. Ao contrário, pessoas que se submetem a dietas muito radicais, sem associar os exercícios físicos às suas atividades, são mais propensas a retornarem ao peso anterior rapidamente.
O nutricionista é o profissional capacitado para calcular quantas calorias uma pessoa ingere por dia e reduzir a ingestão calórica de forma à reeducar o organismo para uma perda de peso gradual e que não comprometa a saúde.
Emagrecer traz benefícios óbvios à saúde, mas gordinhos fisicamente ativos também têm boas chances de evitar os problemas cardiovasculares normalmente associados ao excesso de peso.
A boa notícia está em pesquisa no 'Journal of the American College of Cardiology'. Se os dados levantados no estudo estiverem corretos, eles ajudarão a esclarecer uma dúvida que ainda divide os especialistas.
A questão é saber até que ponto um estilo de vida ativo é capaz de proteger alguém dos problemas de saúde ligados à obesidade.
Alguns trabalhos indicavam que o exercício poderia praticamente eliminar esses riscos, enquanto outros diziam que o excesso de peso é o fator preponderante, mesmo se a pessoa se esforça para não ser sedentária.
Parte da dúvida parece estar ligada ao fato de que a maioria desses estudos levava em conta a saúde cardiovascular dos pacientes em um único ponto do tempo. Ficava difícil saber como os efeitos do exercício e do peso afetavam o organismo das pessoas a longo prazo.
Para preencher essa lacuna, uma equipe da Universidade da Carolina do Sul, liderada por Duck-Chul Lee, obteve os registros médicos de mais de 3.000 pacientes (em geral, na casa dos 40 anos) da clínica Cooper, no Texas.
Esses pacientes faziam check-ups na clínica, com intervalos de dois ou três anos entre cada avaliação médica. Na maior parte dos casos, os pesquisadores conseguiram avaliar o estado de saúde dos pacientes ao longo de três check-ups consecutivos.
Síndrome – O objetivo era verificar como e quando os membros do grupo desenvolviam a chamada síndrome metabólica, um conjunto de características (como pressão alta e triglicérides em nível elevado) diretamente ligado ao surgimento de doenças do coração e diabetes, por exemplo. Lee e companhia verificaram que pouco mudava do primeiro check-up para o segundo. A maioria dos pacientes ganhou peso, mas nenhum desenvolveu a temida síndrome metabólica.
Do segundo para o terceiro check-up, o problema apareceu no grupo testado. Quem tinha se exercitado menos e ganhado peso, obviamente, tinha risco aumentado (71%) de ter a síndrome. Contudo, quem engordava e continuava fisicamente ativo corria risco 22% menor do que o grupo dos gordinhos inativos. E não era preciso melhorar o condicionamento físico nesse período. Bastava mantê-lo para ter alguma proteção.
'Existe uma tendência de ressaltar a necessidade de perder peso, mas emagrecer em geral é difícil. Manter-se ativo é tão importante quanto perder peso e é uma meta mais fácil de atingir', diz Lee.